O que é Behaviorismo? Entenda a teoria e suas diferenças para a Psicanálise
- 3 de set.
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Atualizado: 5 de set.
Descubra o que é o behaviorismo, como funciona essa teoria da psicologia, suas principais ideias e em que ele difere da psicanálise.
O que é behaviorismo?
O behaviorismo é uma corrente da psicologia que surgiu no início do século XX com John B. Watson e ganhou força com B. F. Skinner. Sua proposta central é simples: estudar o comportamento humano e animal a partir do que pode ser observado e medido.
Em outras palavras, o behaviorismo entende que para compreender alguém, é preciso analisar estímulos do ambiente e as respostas comportamentais que surgem a partir deles — sem se aprofundar em sentimentos, pensamentos ou no inconsciente.
Essa visão prática e objetiva fez do behaviorismo uma das teorias mais influentes em áreas como a educação, o treinamento de habilidades e o tratamento de alguns transtornos psicológicos.
Principais conceitos do behaviorismo
Para entender melhor essa teoria, vale conhecer seus conceitos-chave:
Estímulo e resposta: o ambiente influencia diretamente o comportamento.
Condicionamento clássico: descoberto por Pavlov, mostra como um estímulo neutro pode gerar uma resposta automática (como o famoso experimento dos cães que salivavam ao ouvir um sino).
Condicionamento operante: desenvolvido por Skinner, mostra que os comportamentos podem ser moldados por reforços (positivos ou negativos) e punições.
Reforço positivo: quando algo bom é oferecido para aumentar a frequência de um comportamento.
Reforço negativo: quando algo desagradável é retirado, incentivando a repetição do comportamento.
Behaviorismo x Psicanálise: quais as diferenças?
Embora ambas estejam dentro do campo da psicologia, behaviorismo e psicanálise seguem caminhos muito diferentes:
O behaviorismo olha para o que é visível: ações, hábitos e comportamentos. É uma abordagem prática, que busca modificar o que a pessoa faz no dia a dia.
A psicanálise, por outro lado, mergulha no inconsciente. Ela busca compreender o que está por trás dos comportamentos: desejos, traumas, angústias, repetições e tudo aquilo que não tem palavras, mas insiste em retornar na vida da pessoa.
Enquanto o behaviorismo trabalha na superfície — o “fazer” —, a psicanálise investiga a profundidade — o “ser”.
Críticas ao behaviorismo

Apesar de sua importância histórica e aplicabilidade, o behaviorismo recebe críticas por reduzir o ser humano ao comportamento, sem considerar a subjetividade, as emoções profundas ou o inconsciente.
Para a psicanálise, o comportamento não pode ser totalmente compreendido sem olhar para as histórias, afetos e experiências que moldam cada sujeito.
Onde entra a psicanálise?
O behaviorismo foi essencial para o avanço da psicologia e ainda tem relevância prática em áreas como aprendizagem, gestão de hábitos e terapias comportamentais.
Mas quando falamos de autoconhecimento, cura emocional e transformação profunda, a psicanálise oferece um caminho mais amplo. Ela não se limita ao que é visível: acolhe silêncios, interpreta sonhos, compreende repetições e ajuda a pessoa a construir sentidos para sua própria história.
No fim, mais do que “mudar comportamentos”, a psicanálise convida a uma jornada de reencontro consigo mesmo, onde cada passo é singular e cada palavra importa.




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